segunda-feira, 25 de agosto de 2014

DEDAL-DE-DAMA


Caminhava por entre quintais,
num ladrar de cães ao desafio,
onde estas assentavam arraiais,
em cachos de amarelo e desvario…

Era dos dois seres evidente 
o desejo de me ocuparem os sentidos:
os cães, pelo som impertinente
e as flores pelos modos atrevidos.

Os animais, porém, buscaram poiso
e eu, a sós, corado, auscultei a rama:
- demorais muito, ainda, no baloiço?
E não me respondeu, o dedal-de-dama…