Vivo de sonhos e espuma,
e de planos que nunca traço.
Ao todo é coisa nenhuma,
habitando o mesmo espaço.
E enquanto sonho que vivo
neste imaginário compasso
vou coabitando comigo
à distância de um abraço.
Insisto – se é que insisto,
vestígios de mim ou cansaço –
em ser, nunca desisto
do sonho de que me faço.