Ao princípio tive um mal-asado voo, mas desejei
ter um par de asas que me criasse a fantasia de voar.
Fingi tê-las e fingi também voar, imaginando-as apenas…
Nesse tempo, ninguém reparava o quanto eu fingia.
Agora voo com maior agilidade, ganas de avião de papel,
quando vierem as asas já não serão necessárias,
dir-lhes-ei, lá bem do alto dos céus, que não vale a pena,
que houve mudança de planos. Cortavam-mas, se as tivesse.