A todos os pescadores de Nazaré, Peniche e Caxinas, por
tê-los acompanhado de perto e do peito.
Aquietou-se o mar, aquele a que chamam imenso,
para escutar a última conversa entre os pescadores,
sobre o aprumo das artes. O demais era silêncio.
Que tramam eles? – Presumiu o mar de maus humores.
Não se apresta e, olhando os homens, reage aos safanões
- ele, que por ser mar não tem ninguém que o dome,
clamando tempestades, ventos fortes, raios e trovões,
pois não sabe o que é família e muito menos o que é fome.