terça-feira, 28 de janeiro de 2014

DE VOLTA A CASA


Volto a casa, seja onde for
volto a casa e aí estou bem:
onde tudo sei de cor
e conheço como ninguém.

Volto a casa, sou da casa,
é aí que moro e me faço…
Capaz dum grito ou golpe d’asa,
mas ter um sítio, um espaço.

Volto a casa, volto sempre
mais ou menos magoado,
como quem volta ao ventre
do mundo de viver já cansado.

Volto a casa, volto a casa,
volto a casa, para me redimir.
E o golpe d’asa, e o golpe d’asa?
Ou morro preso ou volto a sair…