Não venhas hoje à janela
que não estou p’ra cantigas
e só por estar perto dela
me lembram coisas antigas.
Serenatas que então fazia,
a que achavas tanta graça,
hoje, se cantasse, só podia
quebrar-te toda a vidraça…
Não surjas ou ainda melhor:
manda mesmo emparedá-la;
talvez a cantiga de amor
se perceba melhor sem fala.