Vestígios, nada mais que rudes sinais
de um tempo que deixou morrer os anos
em volta. Memórias, memórias de coisa alguma,
porque são sombras decalcadas, fragmentos,
ilusões de olhares que há muito deixaram de ver.
Desilusões, umas, outras falsas lembranças,
que a memória insiste serem absolutas verdades.
A aldeia permanece imune à chuva, vista à distância.
E eu, que nunca fui marinheiro nem soube
de artes de marear, em terra sinto-me naufragar.