Alegria incompleta onde as palavras
nidificam entre pássaros e metáforas
em cada madrugada tingem mais de pólen
e sobressalto o empedrado das avenidas
das solenes avenidas com bar ao fundo
respiração avulsa e inquietude
é quanto as árvores podem dar-nos
se ainda tivermos tempo e fingimento
nidificam entre pássaros e metáforas
em cada madrugada tingem mais de pólen
e sobressalto o empedrado das avenidas
das solenes avenidas com bar ao fundo
respiração avulsa e inquietude
é quanto as árvores podem dar-nos
se ainda tivermos tempo e fingimento
A árvore, na imagem é majestosa. Feriram-na no tronco. "Coisas" de homens!
ResponderEliminar"Incompletas" as do poema... "sobressalto, inquietude, fingimento"... Deixarei que as palavras nidifiquem, para me fazerem entender as metáforas.
Um beijo
Mandei para ti e para Graça.
ResponderEliminarSerenata
Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mão incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobro
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que ele vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
(Adélia Prado)
E tanto, tanto que nos dão as árvores abrigando nos seus ramos os sonhos, a magia das palavras, dos sonhos por concluir e dos desejos a renascer.
ResponderEliminarLá no alto onde a luz se mistura com os ninhos e o cantar das palavras por sonhar.
Bonita foto e se não houvesse mais palavras valia sempre pelo sonho