Sei menos dele do que ele de mim:
altivo, mas por natureza insensato,
tem-me na mão só com olhar, enfim,
faço-lhe tudo. Sabe-a toda, o meu gato.
Não é por mim que ele me procura.
Descobre-me gestos, usos e sons,
e assim se insinua com doçura
dando-me em troca afagos e ronrons.
E eu o que lhe dou, o que lhe faço?
Nada. Contento-me em que seja meu.
Marco o terreno e dou-lhe espaço
tal como se o meu gato fosse eu.
altivo, mas por natureza insensato,
tem-me na mão só com olhar, enfim,
faço-lhe tudo. Sabe-a toda, o meu gato.
Não é por mim que ele me procura.
Descobre-me gestos, usos e sons,
e assim se insinua com doçura
dando-me em troca afagos e ronrons.
E eu o que lhe dou, o que lhe faço?
Nada. Contento-me em que seja meu.
Marco o terreno e dou-lhe espaço
tal como se o meu gato fosse eu.
QUERIDO JOÃO, ADOREI ESTE BELO POEMA ... AMIGO... UM DIA FELIZ, ABRAÇOS DE CARINHO,
ResponderEliminarFERNANDINHA
Como se pode fazer um poema tão lindo sobre o "nosso" gato? Só para quem tem uma sensibilidade a tudo quanto o rodeie...
ResponderEliminarJulgo que o meu gato é da família do teu...ou então, andaram na mesma escola, têm comportamentos idênticos!!
Um beijo
Graça
...amigos fiéis merecem poesia!
ResponderEliminarpenso que os gatos são os melhores
exemplos de personalidade e
independência que há.
só ficam onde querem, e nada e ngm
tem o poder de os fazer mudar.
beijos brasileiros, moço poeta!
O João não tem um gato mas dois ou então a foto será de alguns gatos muito...amigos.
ResponderEliminarFora a brincadeira gostei do poema. O carinho de um gato por vezes sabe bem, mas eles sabem melhor o que querem e se nos seguem não é por acaso.
Já sabem quem os cuida e os trata.
Os meus andam na rua de dia e de noite, mas mal abro a porta e eles vêem logo todos. São seis fora os dos vizinhos.
Se andar na rua todo o dia aqueles bichos seguem-me todos os movimentos.
Poema muito cuidado, como sempre acontece neste espaço onde a poesia não sai à rua com a roupagem de andar por casa.
ResponderEliminarÉ mesmo assim: de mansinho, "patinhas" de lã, turrinhas e ronrons vão fazendo conquistas e depois ...
"Marco o terreno e dou-lhe espaço
tal como se o meu gato fosse eu."
Beijinho
Esta foto é linda, João. E o poema, um mimo. :) Saber ceder espaço é a regra básica para a boa convivência... Beijo
ResponderEliminartambém tenho gatos , mas isso não conta aqui ; o que realmente importante é esta mestria de escrever . O poema é excelente !
ResponderEliminarA si mon coup de chapeau !
Abraço
____________ JRMARTO