Agora vejo o rubor do teu rosto,
a aurora boreal do teu olhar.
Vejo açucenas e fogo posto
queimando-me dentro e devagar.
E uma centelha de luz e flama
fulmina-me. Fico cinza e nada,
fumos, pó, restos de chama;
um chão estéril após a trovoada.
Ainda assim sou lisonjeiro,
como pé de água sobre brasas:
detono as veias e, prazenteiro,
troco as minhas armas por asas.
a aurora boreal do teu olhar.
Vejo açucenas e fogo posto
queimando-me dentro e devagar.
E uma centelha de luz e flama
fulmina-me. Fico cinza e nada,
fumos, pó, restos de chama;
um chão estéril após a trovoada.
Ainda assim sou lisonjeiro,
como pé de água sobre brasas:
detono as veias e, prazenteiro,
troco as minhas armas por asas.
Parabéns. Lindo. Do melhor que tenho lido nos últimos tempos, tem qualquer coisa dos poemas antigos, daqueles que já não se fazem... gostei muito.
ResponderEliminarCumprimentos
Então voa, meu amigo... Que voar é bom. :)
ResponderEliminarBonito demais. Beijo.
(Troco-me de armas por asas......)
ResponderEliminarBonita imagem que nos deixa sonhar e também voar
Obras de mestre que tem uma pena na mão e papel para voar.
Oh! Que bonito!...
ResponderEliminarMuito melódico,com um travo suave de fragilidade.
"...um chão estéril após a trovoada."
Isso é que não!
Voar? Pois... Voar!
Um beijo
Sabes quem pediu as pombas a Picasso? Presumo saber que foi o poeta Louis Aragon.
ResponderEliminarPomba de Picasso sugerida por Louis Aragon.
ResponderEliminarGostei da fantasia poética.
ResponderEliminarAbraço.
Tere
...perceber-se com asas,
ResponderEliminaré um grito de liberdade!
todo poeta deixa-se voar em
sensibilidade.
aqui não seria diferente!
beijo!
o equinócio
ResponderEliminardas
artérias
*abraço*