O velho e robusto plátano cedeu enfim
a sua última folha rosada deste outono.
Deixou-a no triste adeus de abandono;
ficou a árvore, perjurando a morte; o fim.
Não cede a árvore pela mão da natureza
mais que as folhas consumidas, outonais:
cede ao tempo, a invernias e vendavais,
nessa luta mais não dá, mais não despreza.
Dos galhos secos, agora desfolhados,
despontarão flores e frutos renovados
e o seu esplendor voltará com então era:
Será de novo a sombra dos desabrigados,
exemplo de robustez e porte elogiados,
não agora: só quando voltar a primavera.