Era
o mercado, o agente
e
de tudo tinha alvará,
faliu,
já foi, já não dá
nem
dará daqui p’ra a frente.
A
economia, ora aí está!
O
capital, naturalmente,
que
adeje urgentemente:
faliu,
já foi, já não dá.
O
capital está doente,
mal
de velho gagá:
faliu,
já foi, já não dá,
sucumbiu,
foi de repente.
Para
o salvar, um chá,
papas
de linhaça, urgente,
acudam
que o paciente
faliu,
já foi, já não dá.
A
exploração permanente
deu-lhe
esta coisa má:
faliu,
já foi, já não dá,
já
não há quem aguente.
Esperneia,
quer para já
injecção,
sangue quente,
em
delírio de impotente,
faliu,
já foi, já não dá.
Faliu,
já foi, já não dá.