Quando
o Sol voltar a nascer
vou
transformar-me num dos seus raios
e
perpassar a vidraça da janela mais sombria…
(Nem
todas as minhas janelas dão para a rua:
para
dizer a verdade,
quase
todas as ruas me entram pelas janelas.)
As
probabilidades de que tal aconteça
vão
pouco além do zero
mas
para poder acreditar tem de haver um começo.
Esta
noite ficarei de atalaia,
não
vá a Lua caprichosa iludir-me de novo
e
eu ficar sem sonhos para amanhã.