terça-feira, 12 de setembro de 2017

ONDINA


Ondina veio de novo esta noite dar-me um beijo
enquanto dormia, enquanto sonhava,
enquanto me afogava nas águas de um pesadelo.
Ela conhece a minha respiração ofegante
e a estupidez da minha claustrofobia.
Diz-me que os seus beijos são terapia bastante
e as ondas sensuais do seu corpo são o embalo de que preciso.
Ela ama-me enquanto eu me amarro
de unhas e dentes ao bote que me leva mar adentro.