quinta-feira, 30 de abril de 2015

HORIZONTE


1.
Subi às ameias para confortar de ar saudável
os pulmões e ver com os próprios olhos
o que o mundo, surpreendido no seu canto,
deixava ver.
E lá estava ele, o horizonte, tão misterioso como sempre,
insinuando que ali tudo termina
e deus se esconde ou finge parecer que é deus.
A única verdade é que os pássaros cantam
e as árvores são cúmplices dessa melodia.

2.
É a terceira vez que o casal de melros recém-aninhados
tenta iludir-me os sentidos.