Vou iluminar uma vela
de transparente solidão
e colocá-la na lapela,
bem junto ao coração.
Há-de flamejar cristalina
e inundar de alva discreta,
emulando a parafina
até que por fim se derreta.
Mas sem chama ardente,
como a luz anterior à mágoa,
não vá uma brisa displicente
secar-me as lágrimas de água.