Andam por aí zangados com os anéis de Saturno
e demais cósmicos e virtuosos passos de dança;
coçam a virilha cega, e a outra, e depois a pançae pairam, sazonais, em ordem própria e por turno.
Deuses, os que têm barba e figura de indigente,
com unhas multiusos, túnicas austeras e ensebadas
que, em paralelogramos de papel dão palmatoadas
a quem se porta mal e recusa ser diferente.
De todo o resto, não passam de figuras tristes:
metáforas anódinas, céus de chumbo, sonolência
e outras requentadas alquimias e faltas de paciência…
Abençoada sejas, poesia, que a tanto resistes!