Álvaro CELESTINO ALVES de Castro é um amigo de longa data. Já aqui falei dele noutra ocasião, a propósito do seu PUXÃO DE ORELHAS. Mas a actividade cultural (e cívica!) do meu amigo não se cingiu apenas à poesia. Desde o teatro amador e de revista, como actor e como autor até ao associativismo, passando pela direcção de jograis e grupos de música tradicional, foi deixando o seu cunho, o seu dinamismo e o seu saber. Terminada a apresentação, pelo poeta António Salvado, do meu CORPO DE POEMA, em 1983, na Assembleia de Castelo Branco, teve lugar um beberete (e um “comerete” devido ao adiantado da hora…), o Castro, assim o trato, veio para junto de mim que, por via da praxe dos autógrafos, tardava a integrar-me no convívio – com umas boas dezenas de amigos, para o que contribuiu, com notícia “sugestiva”, o Joaquim Duarte, actual director d’ O Ribatejo e então jornalista do Jornal do Fundão - . Ele, o Castro, desdobrava-se em elogios (que aceito sempre com coração mas por feitio minimizo). Entre mil respostas que lhe podia ter dado, disse-lhe qualquer coisa como “mais dez poemas e a coisa vai lá…” Foi o bastante para o meu amigo, passados poucos dias, me oferecer o poema que aqui vos trago. Um abraço para ti, Castro.