Hoje vou dizer algumas coisas que nunca te disse:
um lençol de linho, bordado pela minha avó,
com rosas iguais na orla das almofadas;
o cheiro a alfazema dum baú qualquer da minha infância;
um beijo no escuro e outro descarado;
os sonhos povoados de enigmas que nunca soube explicar;
o meu estulto defeito de não ter defeitos;
o par de mãos que tocam, por fora, toda a minha vida;
todos os caminhos.
Que mais intimidade posso dar-te?
um lençol de linho, bordado pela minha avó,
com rosas iguais na orla das almofadas;
o cheiro a alfazema dum baú qualquer da minha infância;
um beijo no escuro e outro descarado;
os sonhos povoados de enigmas que nunca soube explicar;
o meu estulto defeito de não ter defeitos;
o par de mãos que tocam, por fora, toda a minha vida;
todos os caminhos.
Que mais intimidade posso dar-te?
João
ResponderEliminarA sua INTIMIDADE a começar nos lençóis de linho,
onde se adivinha o toque, está lindissimo!!!
1 beijo parabéns.
Lídia
Não sei que dizer.
ResponderEliminarIntimidade serão lençois bordados ?
Serão par de mãos que tocam por fora ?
Não sei se a intimidade será (só) a rosa bordada num lençol de linho ou o baú onde se (res)guardam outras peças tecidas por mãos hábeis das nossas avós...
ResponderEliminarBaús guardam lembranças que se alguém tentar violar...
- "chame ladrão" - como ouço na música, para que ninguém passe o vão da escada!
Penso que o segredo está na rosa :)
Beijinho, MJ
Olá Poeta,
ResponderEliminarFiquei a pensar na sutileza da tua intimidade
da alvura, da leveza, do perfume...
nas linhas que transbordas a memória
de um sentir que toca a tua história...
Lindo teu escrito!
Beijos,
ROsana
Dizer das intimidades não é coisa fácil.
ResponderEliminarMas quem tem a poesia a correr nas veias, será sempre absolvido de todos os "pecados íntimos" :)
Muito rente ao sentir, este poema que é como quem diz: íntimo ao ponto de parecer sussurrado.
L.B.