sexta-feira, 19 de novembro de 2010

DOIS POEMAS PORQUE SIM


DA ÁGUA


Impossível canonizá-la
mas somente canalizá-la

Se assim não fosse os meus lábios secariam
e a concha da minha mão
perderia a inocência

Vem água vem ser o meu primeiro canto
Inundar-me o peito com o teu suor
e as tuas lágrimas.

RIO DE MIM


Partiste sem dizer água vai
guardei nas minhas mãos as margens
e um pouco de imaginação
o caudal era imenso e vigoroso
sei que é ao mar que vais ter
esta é uma das poucas coisas
em que vale mais acreditar
do que ir lá ver.

4 comentários:

  1. Lindo demais.
    Mas você sabe. Parabéns pelos amigos que acabam por ser nossa família do coração.

    Renata

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  2. Meu obrigada pela sua visita ao meu blogue
    agoam7.
    Desejo que esteja bem.
    Um abraço/Irene

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  3. Olá João,
    Duas vezes, muito bom, porque sim!

    Bjs dos Alpes

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  4. Neste "Rio de Mim" encontro o meu amigo João Teixeira no seu melhor. A começar no título, claro, ambíguo como convém ao discurso poético. E também a ironia que é congénita à sua condição de poeta.Não sei se isto se percebe bem mas foi assim que saíu. Abraço.

    PS - Olha que não é coisa pouca rirmo-nos de nós mesmos.

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