Dei contigo
metro e setenta e dois
de cera e manipanso
tal como se em ti
a guerra tivesse deixado
o frio do corpo as cicatrizes
e o cheiro sempre morno
de capela mortuária
dei contigo
quase açafate de rendas agonia e mofo
metro e setenta e dois
tenso
pálido
puerperal
promessa de cera e devoção
dei contigo
medida tão ideal
para não saber se realmente vives
se a morte valeu
tanta imaginação
metro e setenta e dois
de cera e manipanso
tal como se em ti
a guerra tivesse deixado
o frio do corpo as cicatrizes
e o cheiro sempre morno
de capela mortuária
dei contigo
quase açafate de rendas agonia e mofo
metro e setenta e dois
tenso
pálido
puerperal
promessa de cera e devoção
dei contigo
medida tão ideal
para não saber se realmente vives
se a morte valeu
tanta imaginação
Entre o bem e o mal
ResponderEliminarA vida e a morte
Ou, em vida, a vida que não se vive
Talvez negação da morte - Arvore da vida?
Interrogações que me deixas ao ler-te
Mozart tocando em fundo
Li-os todos e gostei. De resto, gosto quase sempre do que escreves.
ResponderEliminarAbraço apertado.
Manuel Barata