Que é do amor o rumo que nos leva
por desertos de areia e pedra dura?
E que é daquele outro que releva,
mas que o próprio amor não cura?
Que é do amor que sangra e dói,
que por ser amor é seu oposto,
padece de vontade e não corrói,
nascendo em cada dia já sol-posto?
Mas se o amor é a água que sacia
de um sorvo toda a sede presumida,
é também o que seca de agonia
por dentro e de forma consentida.
Corrompe para viver e, por ironia,
morrer de amor é como ganhar vida.
por desertos de areia e pedra dura?
E que é daquele outro que releva,
mas que o próprio amor não cura?
Que é do amor que sangra e dói,
que por ser amor é seu oposto,
padece de vontade e não corrói,
nascendo em cada dia já sol-posto?
Mas se o amor é a água que sacia
de um sorvo toda a sede presumida,
é também o que seca de agonia
por dentro e de forma consentida.
Corrompe para viver e, por ironia,
morrer de amor é como ganhar vida.
Afastando toda a ironia
ResponderEliminarDe forma suave e sentida
Seja essa água que sacia
Alimento em fonte de vida
Belo soneto!
Gostei muito
Beijinho, MJ
João de Sousa Teixeira
ResponderEliminarDe você eu só poderia
ler um grande Soneto,
adorei,
aqui de New York,
saudosamente,
Efigênia Coutinho