segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PREIA-MAR



Há um mar ali, prostrado,
de que só conheço a areia,
a bazófia das ondas e da espuma,
peixes com nomes vulgares
e barcos ao longe, partindo e chegando.

Não saberei nunca
por que deu à costa a cria moribunda de baleia,
por que cava o mar e por que mata,
por que se enfeita de virgens nos portos habitados
e por que sangra cloreto de sódio
como as vagas das minhas lágrimas continentais.

6 comentários:

  1. É lindo! "Mexe" com as emoções.

    "por que deu à costa a cria moribunda de baleia,
    por que cava o mar e por que mata,
    por que se enfeita de virgens nos portos habitados
    e por que sangra cloreto de sódio
    como as vagas das minhas lágrimas continentais"

    Também não sei... esse mar!

    um beijo

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  2. Bom dia poeta.
    Vim conhecer seu espaço e gostei.
    Foi um prazer meu encontro com a sua poesia.
    O que me trouxe aqui foi Vladmir Maiakowsk que você deixou no blog Longitudes de Nydia Bonetti.
    Beijoooo

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  3. E do que é que sabemos ao certo, João. Nem do mar, nem de nada... Bonito demais.
    beijos.

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  4. João de Sousa Teixeira,
    PREIA-MAR,
    ao ler estes versos escutando a belíssima melodia cantada , eu me senti levitando,
    algo diante das palavras escritas :

    a bazófia das ondas e da espuma...

    Um momento infinitamente belo, meus cumprimentos,
    Efigênia Coutinho

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  5. Gosto de todos, mas....Preia-Mar me toca, é mar, é vida, é sonho é tudo....
    Bjim
    Cciata

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