sexta-feira, 28 de agosto de 2009

GALINHAS D'ÁGUA



Quando no rio brincávamos,
em tempos que já lá vão,
até nas pedras que atirávamos
palpitava um coração.

Se são beijos ou pedradas,
perguntas com certa mágoa:
os beijos são águas passadas
e as pedras, galinhas d’água.

5 comentários:

  1. Parece-me perceber alguma nostalgia ou será só ironia?
    As quadras estão lindas, mas as águas do rio devem ser turvas, pois permitem a imperdoável confusão entre beijos e pedradas. :)

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  2. Amoras rubras,
    pendendo para o rio.
    Águas vermelhas.

    Os lírios brancos,
    imploram pelas águas.
    Levam perfumes.

    Os pés de paina,
    floresceram de noite.
    O rio nem sabe.

    E nós crianças,
    pés pequenos nas águas,
    que já passaram.

    Também passaram
    nuvens, borboletas,
    tudo tão breve.

    Passou o tempo
    de comer amoras,
    de colher os lírios.

    Passou o tempo
    de soprar as painas,
    caçar borboletas.

    Passou o tempo
    de olhar as nuvens,
    de brincas nas águas.

    Passou o tempo...

    E o rio nem sabe.

    beijos.

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  3. Um belo poema..um belo blog..
    Parabens bom final de semana

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  4. João de Sousa Teixeira, coisa mais linda estes versos que leio hoje , foi um momento lindo, onde podemos sentir o barulho do rio ,
    MEUU CUMPRIMENTOS...

    Efigênia Coutinho

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  5. Obrigado pelo poema na sua visita.
    Agora aqui, neste último trabalho digo que as nossas recordações são uma fonte de imaginação. Gostei|
    As pedras, o rio e a saudade que faz correr a água no leito apertado dos nossos rios interiores.
    Serão mesmo galinhas d´água...?

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