As lágrimas das crianças não têm uma ordem definida:
a regra é que possam ver-se derramadas, copiosas,
de resto, as primeiras não são como as que virão em
seguida
e as que vierem depois são de sono, repetidas, melosas.
Depois de enxutas, as pálpebras colam, que bom é o braço
da mãe. Logo vem um par de asas, um pássaro enorme
e o rosto da criança voa (é um anjo) a sono solto no
regaço,
que importam agora as lágrimas, que importam? O menino
dorme.