Se tivesse que escolher – tarefa ingrata – de toda a
traquitana
seria, com vantagem, a boneca de trapos a minha eleita:
carão de rosas rubras, pobre remendada, qual franciscana,
saia de chita garrida e rodada de mil farrapos feita.
A boneca de trapos era um primor. De uma blusa fininha,
pendia um braço arrancado, faltava-lhe uma sobrancelha
por excesso de amor. Foi sempre assim até ficar
velha.
Digam o que disserem, a boneca era linda porque era
minha.