Ah,
sim, o pão é capaz de feitos, que os homens
invejam
e usam para alimentar todas as fomes.
Pelo
pão se luta, vive e morre; pelo pão se mata
e
trai; se enriquece e se mendiga magra côdea.
Porém,
vê-lo na seara, baloiçando com a aragem,
o
pão sossega, dorme como as águas de um lago
e
aguarda o seu tempo de ser o maioral da planície,
dono
e senhor da fome e da fartura, inexoráveis.
O
pão é segado ao Sol impiedoso e nasce do vigor
de
mil braços exaustos, que dele terão notícia,
(se
um dia houver notícias deste pão…)
ou
dele mais não restar que os dias a pão e água.