Somos extraordinários:
enquanto vivos alimentamos insectos,
que nos chupam, picam e mordem;
depois de mortos, dizem, servimos de repasto
a um exército de larvas,
que nos devoram até ao osso.
Creio tratar-se de vingança congénita
quando comemos caracóis e os acompanhamos com cerveja
ou coleccionamos borboletas exóticas.
À nossa maneira vamos matando o bicho.