O filho do diabo mais novo
Belzebu da Lusitânia
diz que o pão não é do povo,
que é de geração espontânea
O diabo em figura de gente
quer que o país dê p’rò torto
mas vamos andando em frente,
ele é que não tem onde cair morto.
De uma só assentada
promete fogo e caruma,
com uma mão cheia de nada
e outra de coisa nenhuma.
É alarve, só pode ser
bicho sem pingo de verdade
tanto pode burro a valer
como égua de vaidade.
O sacrista das profundezas
inscreve catástrofes, vida insana,
revoltas da natureza
em capítulos de programa.
No fim, vendo quem ri melhor,
sorrimos de novo ao cravo
e ele, com o seu ar superior,
ri sozinho porque é parvo.