Dentes podres à meia-idade
é tabaco, é de fumar.
Caso não seja fumosidade
então é apenas azar.
É descuidado, é obeso
sem cuidados de alimentação
não lhe dá para perder peso
tem mais fome que razão.
Bebe vinho em demasia
como se não houvesse amanhã
dói-lhe o estômago, tem azia,
abusa do kompensan.
É filho do exagero
e a gula faz-lhe mal:
não dispensa um bom tempero
e exagera sempre no sal.
Do açúcar nem se fala,
do pão, dos polinsaturados
e o ar feliz que exala
deixa-nos preocupados.
Além do mais há a diabetes,
os cancros, o AVC
que pica como alfinetes
e morre-se sem saber porquê.
Há também quem acalenta
chegar novo a velho
por treze euros e quarenta
não falta quem dê conselho.
Para viver bem amiúde
aponte aí no seu caderno
é morrer cheio de saúde
e fazer da vida um inferno.
Morreu novo, alguma fez,
teve falta de cuidado.
Morreu velho, era a sua vez,
já não se tinha, coitado.