No arrumo que tenho para inutilidades
guardo um embrulho em papel de seda,
com um laço de renda fina, encarnado.
Dentro, pouco importa, sendo inútil,
uma colecção de orgulhos vários, a estrear.
Um deles hei-de usá-lo sem que alguém note,
mas que me sirva de agasalho ou amor próprio;
outro será para quando morra, todos vejam
quanto orgulho terei em ter chegado ao fim
de corpo inteiro.