As que batem como avisos e cautelas;
as que voam, e que faltam, as quebradas;
as que se entranham como sovelas;
as sem conto e as que se exibem badaladas.
As horas são a saudade de as bem ouvir
ao ritmo da contagem sempre crescente:
uma, duas, três… no seu ofício de mentir
dentro de nós, em contagem decrescente.
E as horas do futuro, que horas são?
Essas já não sei, não serão horas do meu tempo.
Simples ou dobradas, horas ou não,
já não poderei tê-las e ouvi-las, lamento!