Era uma vez uma borboleta
de vida efémera e pouco lisonjeira,
de olho nela estava um poeta
de sorte igual e vida passageira.
O pouco tempo de vida airada
foi voar, voar, voar, voar…
que um só momento poisada
lhe causavam falta d’ar.
Voou então a seu bel-prazer,
de flor em flor, à sorte,
até que um dia, antes do sol nascer,
poisou nela, inevitável, a morte.