Às vezes viramos a terra do avesso
por quase nada, outras por tudo;
às vezes maldizemos horas passadas,outras adivinhadas ao futuro;
às vezes a inquietação faz-nos bem.
Às vezes julgamos mal, outras que nos desdenham
e outras ainda que o nosso juízo está certo…
Fazemos que não vemos, às vezes.
Às vezes sorrimos, outras choramos
porque é assim que nós somos.
Às vezes a vontade prega-nos uma partida
e temos que voltar ao começo.
Às vezes fazemos um filho,
deixamos nele a nossa absoluta certeza,
como à semente, o futuro e o fruto
e dentro dele permanecemos.
Eternos.