domingo, 13 de janeiro de 2013

ABANDONO



Secos, secos, amargamente secos,
os rios que, longe daqui, me corriam na memória.
Às vezes o sol parecia mergulhar comigo;
às vezes o sol e a água eram a mesma coisa.
Assim, terei de abandoná-los,
para a água me invadir e voltar às correrias
de pedra em pedra,
roçar os salgueiros das margens e levar-me,
folha seca, até à foz.