AINDA O SOL
É passado e não futuro este sol
que se repete e traz barba por fazer:
picam-me na face os seus beijos;
lembra-me o último verão.
Resiste a luz do velho solstício
para logro das rosadas cerejeiras…
Insolvente, insiste em desperdiçar
o que lhe resta: queima
por prazer e por maldade,
que bem pode ser por nossa culpa.