Às
vezes chove e eu vejo essa água molhar-te,
impiedosa.
Na cidade é assim: a chuva molha
cruelmente
as pessoas, desfigura-as
até
se confundirem com a desumana chuva.
Aqui,
na horta que frutifica na minha memória,
é
uma bênção. Podia chover o ano inteiro,
que
seria sempre bem-vinda a água. E mais não digo,
enquanto
não estiver completamente enxuto.