O
desgaste das palavras obriga a contenção…
Há
flores de sobra que, em suma, são isso mesmo, flores.
Não
criam atritos e o seu aroma pode até unir
contrários,
serenar azedumes e colorir todos os cinzentos.
Lamento
esta falta de imaginação, as pétalas
das
palavras falecem com o tempo; caem moribundas
e
não há como usá-las de forma aromática e colorida,
capaz
de unir os desavindos, os que sucumbem à solidão.
Haverá
um meio, talvez uma fórmula ardilosa
de
suprir com flores os lugares deixados pelas palavras.
Pensei
nessa transformação, afinal tão simples como respirar,
dei-lhe
o nome de princípio essencial da mentira.