No
meu relógio as horas não voam
como
na literatura; consomem
o
tempo, a compasso, seguem o sol.
Vagabundas
e sem horário,
Irrepetíveis
como os caminhos do vento.
Se
as uso em longas cavalgadas,
também
as ignoro, também as maldigo:
as
minhas horas abrem as pétalas das flores,
que
em segundos as perdem depois.
As
minhas horas só me fazem perder tempo.