Ah, mas se eu pudesse, como o vento,
tocá-los com um dedo só que fosse,
que indizível seria esse momento!
Que contentamento tão fino e doce.
Porém, fogem-me, por encantamento
quase me trespassam sem tocá-los,
como tudo o que afinal invento,
sejam poemas, neblinas ou cavalos.
Compraz-me vê-los soltos, surreais,
pégasos de nós, furtivos e imortais,
em aparição furtiva, mas tão real,
que a fantasia do que sejam, afinal
não passa de sonho ou coisa tal,
que apenas se pressente … e pouco mais.
Bom dia João
ResponderEliminarUm Soneto muito agradável, com um encanto que nos motiva numa imagem que nos emotiva.
Obras de Mestre que sabe escrever usando as palavras certas e correctas.
João,
ResponderEliminardos seus versos e avesos, aprendi que os cavalos oníricos devem ser amansados com cabrestos telúricos.
Forte abraço!
Cavalos...
ResponderEliminarO meu animal preferido, tão bem versejado!
Abraço dos Alpes