Picasso - Le Demoiselles d'Avignon
Mariana, mulher de sentir a alma na garganta,
o sorriso um tanto liso e o coração na mão
e amante de cor, sem soluçar nem pintar a manta,
ainda agora Mariana, mulher de profissão.
Para elegias reles e caldos de galinha, não
precisava deus inventar-te última costela e santa;
mas para encher o olho na transparência do roupão
e achar-te uva redonda, estaca viva duma planta.
Já está bem de ser cantiga esta oração,
que é carrossel de feira a girar sem ter estação
e estares tão perto, Mariana, mulher, longe de ti.
Os garridos mais fortes e os pardos de doentes
hão-de repousar da infusão. Depois de assentes,
marcaremos novo encontro, ad infinitum: aqui.
("Poesia de Costumes" 1981)
O cubismo de Picasso, a ligeireza da música de Martinho da Vila e a poesia meticulosa de João Teixeira.
ResponderEliminarUma mistura que resultou muito harmoniosa.
Realço a escolha do tema. Claro!:)
Jõao...
ResponderEliminarEu vou apanhar balanço...
Um beijo grande
MULHER…AVÓ
Mulher…
Mãe…
Amiga…
Companheira…
Avó…
Avó…
De meninos lindos…
Do Raul e da Francisca…
Que enchem o coração…
Que me levam a ser criança…
Com quem brinco…
Com quem rio…
Com quem faço…
Os trabalhos da escola…
E, que com os seus olhitos
Muito marotos,
Me levam outra vez
Ao mundo da fantasia…
E da imaginação…
Capuchinho vermelho…
Branca de neve…
Os 3 mosqueteiros…
Ali-bábá…
Vamos avó…
Vamos contar…
Era uma vez…
E eu conto…
E canto…
E sonho…
Porque…
Era uma vez!...
Lili Laranjo