Olhares - Foto de Raphael o Pensativo
Não, não é púrpura o entardecer de Agosto;
é roxo como nódoa de mosto em toalha de festa.
Não, não é anil o azul que o céu despeja sobre a terra seca
e inconsolável.
Não é rosa o espinho aguçado.
Não é doirado o sol. Esse amarelo queima como licor envenenado,
como brasas e dói como Agosto, como festa, como terra
e como o vermelho do meu sangue que, apesar de tudo, corre
como num rio, a água que se escoa.
é roxo como nódoa de mosto em toalha de festa.
Não, não é anil o azul que o céu despeja sobre a terra seca
e inconsolável.
Não é rosa o espinho aguçado.
Não é doirado o sol. Esse amarelo queima como licor envenenado,
como brasas e dói como Agosto, como festa, como terra
e como o vermelho do meu sangue que, apesar de tudo, corre
como num rio, a água que se escoa.
Dias assim não nos fazem mal nenhum, desde que a poesia não deixe de fluir como a água que corre num rio, sem nunca se escoar.
ResponderEliminarUm poema de muitas cores não é forçosamente, um um poema "colorido"!
Gostei muito!
Um beijo
Há dias assim. E ainda nem é agosto. Que a poesia nos redima... Que imagens lindas.
ResponderEliminarUm beijo, João.
Lindo, intenso e sentimental teu poema...
ResponderEliminarParabéns João! Beijos Luz! RO
Que poderei lembrar-te de ti, aqui?!...
ResponderEliminarPois..., não te conhecia esta faceta, este outro lado da tua alma!...
:))
Beijo, João!