A figura é religiosa e é profana,
como é sua fragrância costumeira,
se é um dom da natureza humana,
cheira a incenso e hortelã da ribeira.
Frágil, como mãos de costureira,
È, na sua essência, altiva, ufana.
Primordial e última trincheira,
ambas numa só, que a vida aplana.
A golpes de sol e lida humana,
curvada mais de músculo que de vontade.
E, à parte, doce – o mel é a verdade
toda! – que no auge da adiafa há-de
ser flâmula brandida à posteridade,
como exemplo de mulher e de alentejana.
como é sua fragrância costumeira,
se é um dom da natureza humana,
cheira a incenso e hortelã da ribeira.
Frágil, como mãos de costureira,
È, na sua essência, altiva, ufana.
Primordial e última trincheira,
ambas numa só, que a vida aplana.
A golpes de sol e lida humana,
curvada mais de músculo que de vontade.
E, à parte, doce – o mel é a verdade
toda! – que no auge da adiafa há-de
ser flâmula brandida à posteridade,
como exemplo de mulher e de alentejana.
Muito interessante, este jogo de alternância entre a força e a fragilidade que é inerente à condição da mulher, alentejana e não só.
ResponderEliminarUm beijo
Que bonito, João. Toda mulher tem esta dupla face. E alguns homens também...
ResponderEliminarum beijo
Vim dizer Boa noite
ResponderEliminare deixar um pouco de mim...
MULHER DEUSA
Mulher que és
Deusa que foste
Mulher que tudo fez
E tudo deu
Mulher que sempre sofreu
E que sempre deu
Deu sem nada pedir
E muito pouco recebeu
Mas alegremente
recebeu...
Recebeu dor e angústia
Sofrimento e muito mais
Mas como é mulher
Continua a dar
E a nada pedir
E a sentir que é...
Mulher Deusa
Lili Laranjo (Salpicos de cá e de lá...)
São várias as faces, dum só rosto. Gostei muito de passar por este seu espaço.
ResponderEliminarParabéns
Cristina Fernandes
Um acaso chamado fome, ora sede incessante de poesia, trouxe-me aqui... e prendeu-me com seu laço a este poema-retrato do paradoxo de mulher. Sobretudo pelos vocábulos que puxam à simplicidade do que são, estes seres complexos. Lindo trabalho. [Katyuscia]
ResponderEliminarForte
ResponderEliminarDoce
Mãe
Senhora
Amante
Hortelã
Poejo
Coentro
Mulher
Alentejana!
Tão bonito este poema, João!...
São assim mesmo as MULHERES ALENTEJANAS.
Um abraço
mariabesuga