Há dias em que a alma vai com a camisa usada
e nem damos conta de ficar em tronco nu dentro do peito.
De pronto, uma réstia de sol dissipa a madrugada,
ateia o fogo e faz-se água cristalina o gelo contrafeito.
Melhor assim: alma escovada, uma penugem dispersa
própria da idade. Nada há como sentir o que de nós se
fala.
Breves correntes de ar, alguma náusea de forma imersa,
que vindo à tona, vê-se na cara, logo se acorre a
calafetá-la.