Do pomar trouxe todos os frutos que encontrei:
uns são poemas, gomo a gomo;
dos mais doces jazem cascas de laranja…
Ah! Por fim abri os braços, respirei;
acordei finalmente de prolongado sono
e disse para os meus botões: desta fruta já não se
arranja.
Comi dos frutos, pois, que melhor pudera?!
Camisa aberta, alma consumida,
mais não tinha nem mais me era dado…
Fez-se manhã de inverno, escura era,
que a noite ao vê-la lhe deu a própria vida
e me salvou a mim e ao braçado de laranjas então roubado.