segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

DA CABEÇA AOS PÉS


Irrequietos que eles são,

abrem caminho a passo

como o bater do coração,

batendo sempre a compasso.

 

E não cessa o caminho

que vão fazendo ao andar,

a toda o gás ou de mansinho,

caminhando sem parar.

 

Galgando a vida inteira,

pé ante pé ou pezudo,

pezinho de lã, de veludo,

não tem fim esta canseira.

 

E apesar desta andança

(pé que anda e tropeça)

perdem o pé e a esperança,

pois quem anda é a cabeça.