Se
ainda fosse rapaz novo perdia cautelas e medos,
e
ia agora trepar ao velho castanheiro.
Descalço,
tronco acima, e com o pau de dois dedos
segar
os ouriços. Caídos ao chão
haveriam
de abrir-se em dois e libertar o fruto,
que
a mãe natureza mantinha em cativeiro.
Se
fosse rapaz novo, mas já não:
apenas
escrevo a saudade de quando era puto.