Eram anões todos eles,
constam sete,
do mais ousado ao mais reles.
Sete, nem mais nem menos: sete.
Garimpeiros de profissão e passatempo
(os anões) cantavam trá-lá-lá
por contentamento
e para a princesa, claro está.
Veio então a bruxa e a maçã,
que juntas são veneno e são ciúmes,
a morte temporã
nesta história de costumes.
Mas aqui não houve jornais
Interessados na bruxaria
e se houve magistrados e tribunais
ficaram em banho-maria.
Houve um príncipe neste ensejo,
que fez as vezes dos juízes,
dando à princesa um beijo
e foram muito felizes.
Contei de novo a história,
eis a prova:
se a tinha ainda em memória
como poderia ser história nova?
Por que havia de inventar
uma justiça que morde e não beija
e a morte que não seja a brincar
assim, servidas de bandeja?