Tenho os anos da idade,
O iva meto-o ao bolso,
Para não ter necessidade
De pedir o reembolso.
Faz-me festas, dá-me mimo,
Não queiras que entristeça,
Que eu quero ver se animo
E levanto de vez a cabeça.
O que me dizes, confesso,
É muita parra e pouca uva,
Está errado o endereço;
Tira o cavalinho da chuva.
Sempre tenho fugido
Ao teu sorriso enigmático
Por lembrar o cheiro fingido
Que têm as flores de plástico
Todo o barco tem por fim
Chegar breve e a bom porto,
Só o que parte de mim
Dá mais voltas que o rio torto.