sexta-feira, 19 de setembro de 2014

AS MÃOS


Tenho uma mão que tudo sabe,
destra por natureza e feição
e outra, igual, onde tudo cabe,
do lado do coração.

Mesmo que a ideia desabe,
não perdem nunca a condição:
uma espera que a outra acabe,
seja qual for a função.

E por muito que me gabe,
nunca faltarei à razão,
dizendo que ao que uma sabe
a outra lhe dá a mão.